Cianose: Se denomina cianose a coloração
azulada da pele e das mucosas que se observa quando a hemoglobina se reduz a
5g/dL de sangue capilar. A cianose rara vez é motivo de consulta, se bem pode
ser advertida pelo paciente que refere dispneia, com maior frequência são os
familiares que notam, por exemplo, os pais de uma criança que observam a mudança
na cor e decidem acudir a uma consulta.
Classificação
Observando a localização e distribuição
a cianose se classifica em:
Generalizada: se observa
preferencialmente nos lóbulos das orelhas, nariz, lábios, revestimento interno
da cavidade bucal e mucosa lingual. Nas extremidades se observa nos dedos e leitos
ungueais, porém em casos severos pode se estender por toda a superfície cutânea.
Localizada: quando somente
se observa em alguma das partes já mencionadas anteriormente, como por exemplo
nas obstruções venosas.
De acordo com o mecanismo de
produção a cianose se define:
Central: quando a causa se
deve a uma insaturação arterial de oxigênio ou a variantes da hemoglobina com
baixa afinidade por oxigênio.
Periférica: quando existe
uma saturação arterial normal o transtorno reside em um aumento da extração de oxigênio
a nível tissular.
Mista: aquela que apresenta
fatores de origem central e periférica combinados.
Etiologia
Central: De causa pulmonar
(Diminuição da PO2 do ar inspirado, DPOC, tromboembolismo pulmonar,
edema pulmonar, etc.) e de causa cardíaca (cardiopatias com shunt de direita a
esquerda, tetralogia de Fallot, comunicação intra auricular, hipertensão pulmonar,
etc.).
Periférica: Insuficiência cardíaca
direita, choque, oclusão venosa, arteriopatia obstrutiva, etc.
Anamnese
Estará dirigida fundamentalmente
a buscar antecedentes de enfermidades bronco pulmonares e cardíacas. Em todos
os casos se perguntará sobre sintomas concomitantes, tempo de evolução da cianose
e sua relação com o esforço.
Artigo por: Luiz Felipe Viel Vieira
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